No dia 1 de junho de 2016 iniciei este blog, que não é verdadeiramente um blog, mas sim uma espécie de diário espaçado no tempo, irregular, como uma espécie de contos curtos, reflexões sobre pequenas experiências físicas, mas principalmente mentais – mesmo espirituais, algumas. Como não tinha (nem tenho) a preocupação de fazer dele um diário, no verdadeiro sentido do termo, optei por escrever ao sabor das circunstâncias, tais como inspiração ou falta dela, tempo livre, estresse, paz, irritação, melancolia, rememoração &/ou outras.
Decidi então adicionar as minhas observações e experiências, que iniciei em 2012 (“Postes do passado”), como uma espécie de prefácio, quiçá ingénuo, imperfeito e incipiente, mas que foram o verdadeiro motor de arranque desta pequena aventura literária (?).
Ao criar esta página veio-me à cabeça o título Devezemquandário, que eu pensava ser original, mas que, só dois ou três anos depois, me apercebi ser uma espécie de plágio de outras páginas já existentes. Só não é um plágio porque é um termo curiosamente muito usado em casos semelhantes e, que eu tenha conhecimento, carece de direitos de autor. Mantive-o, portanto, pois é o vocábulo que mais se identifica com semelhante tipo de irregularidade criativa (lembrei-me agora de o modificar para Arritmias, mas soa um bocado a hipocondria).
Guardei, contudo, o prefácio original numa nova página a que dei o nome de Anacronismos (uma espécie de gaveta para fósseis), pois, como é facilmente constatável, disso se trata. O prefácio original está quase totalmente desfasado da realidade actual e, portanto, já não faria sentido mantê-lo.
Forsan et haec olim meminisse iuvabit
Talvez algum dia nos seja agradável recordar estas coisas. Vergílio (Eneida 1, 203)