1. jun, 2016
Prefácio(Prefácio original, entretanto substituido)
Um blog por que razão?
Não quero que a minha passagem no mundo termine sem pelo menos deixar uma pegada impressa no passado para que, tal como os dinossauros de Carenque, não seja esquecido quando partir desta para a outra, para a que dizem que é melhor mas que eu, tal como S. Tomé, só vendo acredito.
Não tenho pretensões de escritor, não me arrogo pertencer a essa louvável classe de alquimistas das palavras, apenas mancho o papel (neste caso o écran) com os meus pensamentos transmigrados em escrita. Há 4 anos que o faço, arrítmicamente, sem periodicidade definida, sem estilo nem objectivo concreto, apenas por escrever, apenas por gosto ou desabafo e isso é-me suficiente.
As postagens que aqui farei reflectirão diferentes estados de espírito e diferentes datas, umas identificadas, outras não mas seguindo sempre uma ordem cronológica definida, retiradas dos meus apontamentos pessoais e limpas de referências demasiado íntimas ou explícitas , dando primazia à essência e não ao cenário ou aos actores, salvaguardando a minha e sua privacidade.
Sei que farei alguns posts chatos, fracos de conteúdo, à mistura com outros porventura mais interessantes e aproveitáveis, mas eles constituem a minha visão do meu mundo que só poderá ser compreendida pela soma das suas partes, as boas e as más, as aborrecidas e as outras, é o meu testemunho vital e será simultâneamente e na devida altura a minha contribuição póstuma.
Na pagina “Postes do passado” inseri todas as minhas considerações,os meus devaneios linguísticos, começando em 2012 e terminando na actualidade. Até agora tinha-os mantido num discreto e resguardado sigilo celulósico, aguardando pelo dia da libertação.
Na pagina seguinte – “Devezemquandário” – inserirei os posts actuais, aquelas navegações literário-filosóficas ou nem por isso que forem surgindo ao sabor da maré. No entanto e como é lógico, não desnudarei totalmente o meu espírito, digamos que o porei, no máximo, em cuecas...
Esta edição experimental é limitada a um círculo muito restrito; qualquer eventual publicação pública (passo a expressão) passará pela analise das reacções que forem surgindo e constará de temas soltos e considerações pessoais não vinculadas a qualquer linha de pensamento particular, razão pela qual várias vezes me contradisse e contradir-me-ei, disso tenho consciência. Quero que o meu pensamento seja livre e siga ao sabor do vento das circunstâncias, evitando muros conceptuais delimitatórios.
A título meramente informativo, para quem não tem ou teve o supremo privilégio de conhecer-me e por uma questão de enquadramento nas crónicas, informo que as referências laborais a que frequentemente me refiro passam pelas minhas ex-actividades de estafeta num restaurante na cidade do Porto e empregado numa tabacaria em Paris, assim como o actual desempenho de vigilante nocturno em Matosinhos.
Críticas construtivas serão bem vindas, as outras serão tratadas como os cães que vêem passar a caravana: ignoradas.
A vivissecação vai começar...
(Escrito de acordo com a “velha ortografia”, salvo algum erro involuntário)